domingo, 30 de abril de 2017

As permutas de infraestrutura óptica no Brasil

A infraestrutura de telecomunicações no Brasil vem passando por uma transformação grande nos últimos anos. No início desta década, muitas empresas, principalmente provedores regionais de internet e operadoras, como Vivo e TIM, investiram na implantação de rotas ópticas.

No entanto, cada vez mais estas operadoras e provedores tem feito estes investimentos de forma conjunta, ora dividindo-se o custo da construção entre as partes, ora dividindo-se a rota em diversos trechos, cada um sendo responsável pela implantação de um determinado trecho e, após a finalização, permutam entre si, a infraestrutura óptica que cada um construiu de seus trechos.

Pode-se dizer que o mercado de infraestrutura de telecomunicações no país se abriu, enfim, para a permuta e, portanto, para o compartilhamento de infraestruturas ópticas, envolvendo até Oi, Telefônica e Embratel, mais recentemente. Em outras palavras, atualmente, praticamente não existe infraestrutura óptica no país que não esteja sendo compartilhada por mais de um provedor ou operadora. Como as operadoras estão fortemente endividadas, elas recorrem principalmente à permuta de infraestrutura, para expandirem suas rotas ópticas, e não à contratação de infraestrutura, evitando assim novos investimentos.

Cada vez mais estas operadoras e provedores têm feito estes investimentos, quando eles ocorrem, de forma conjunta, ora dividindo-se o custo da construção entre as partes, ora dividindo-se a rota em diversos trechos, cada um sendo responsável pela implantação de um determinado trecho e, após a finalização, permutam entre si, infraestrutura óptica de cada um de seus trechos.

A verdade é que a principal alternativa à contratação de infraestrutura - locação ou aquisição de IRU, para expandirem suas rotas ópticas, tem sido a permuta entre detentores de infraestrutura óptica. A Vivo e TIM investiram na implantação de cabos OPGW rota Belém – Macapá – Manaus, na Linha de Transmissão de Energia Elétrica de Tucuruí (PA) – Jurupari (AP) – Macapá (AP) e Jurupari (AP) – Manaus (AM), do Grupo Isolux, vencedora do leilão ANEEL para sua construção.  A partir de sua entrada em operação, muitas permutas ocorreram na região Norte, com a Embratel, detentora da rota por rodovia Manaus – Porto Velho (RD) e com a Oi, detentora da rota também por rodovia Manaus – Boa Vista (RR).

Provedores de Internet locais e regionais construíram rotas na região Norte (Pará, Tocantins e Acre, principalmente), Centro Oeste (Mato Grosso, principalmente) e Nordeste (praticamente em todos os estados) e Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina, principalmente). Estes provedores também permutaram estas infraestruturas por eles construídas, entre si e com Vivo e TIM, principalmente, ocasionando uma expansão da malha óptica de cada uma para além de suas regiões iniciais de operação. Entre eles, pode se destacar o provedor BRFibra/BRDigital, com presença praticamente nacional, o provedor Junto Telecom com forte presença na região Norte e Centro Oeste, os provedores Aloo Telecom, Brisanet e Mobi Telecom, na região Nordeste, e o provedor Optitel, recentemente adquirida pela Algar Telecom, com forte presença na região Sul.

É comum a construção de infraestruturas ópticas sobre rodovias, permutando-se o direito de passagem por fibras implantadas. As concessionárias de rodovias precisam construir infraestrutura óptica para atendimento aos requisitos da ANTT/MT e, normalmente, o fazem, sem ou com pouco investimento, recorrendo-se à permuta do seu direito de passagem por pares de fibra e dutos, construídos por uma operadora ou provedor, ou mesmo, por um consórcio deles. 

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