Volto a discutir sobre as rotas ópticas de telecomunicações e as construções de infra-estrutura para o País, completando minha postagem sobre isto em 2009 (http://eduardogrizendi.blogspot.com/2009/03/as-rotas-opticas-de-telecomunicacoes-e.html
Gostaria de destacar a oportunidade que o Estado tem para melhorar sua infra-estrutura de C&T e reduzir suas despesas com a infra-estrutura atual, em especial, aquela infra-estrutura óptica de comunicação de ensino e pesquisa, quando ele constrói ou concede o direito de construir ou explorar a concessão de uma infra-estrutura potencialmente “mãe”.
O Estado pode e deve, quando da construção da infra-estrutura “mãe”, modelar o negócio de provedor de infra-estrutura, e, como tal, apropriar-se de parte desta infra-estrutura excedente desta incorporação e comercialização, e em especial, para uso em ensino e pesquisa, para suporte às atividade de C&T. Quando da concessão, o Estado pode e deve inserir cláusulas de indução da construção desta infra-estrutura óptica e modelagem do negócio de provedor de infra-estrutura, novamente se apropriando de alguns pares de fibra para uso em ensino e pesquisa. Diante dos investimentos requeridos pelo Estado ou pela Concessão, este custo da infra-estrutura apropriada é irrisório e irrelevante para quem cede e extremamente importante e relevante para quem se beneficia.
Um exemplo de instituição que pode se beneficiar desta infra-estrutura é a RNP, www.rnp.br. Ela é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada pelo governo federal como organização social, que cumpre um contrato de gestão sob a supervisão do Ministério da Ciência e Tecnologia para gerir a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, interligando todas as instituições federais de ensino superior e unidades federais de pesquisa (cerca de 350 instituições em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal) e propiciando um laboratório para o desenvolvimento experimental de novas aplicações e serviços de rede para benefício de suas organizações usuárias e indiretamente para a sociedade brasileira
A RNP conta com financiamento público e capta recursos privados por meio de projetos de P&D e Inovação e sua infra-estrutura óptica de longa distância ainda é composta por circuitos alugados de operadoras de serviços de telecomunicações. Ainda que ela seja uma operadora e tratada como tal, os preços praticados pelas “carrier of carriers” para ela, são significativamente altos, agravados pelas altas velocidades contratadas (lambdas, da ordem de gigabits por segundo).
Na verdade, a RNP se beneficiando, o Ministério da Ciência e Tecnologia se beneficia, as instituições federais de ensino superior se beneficiam e, enfim, a sociedade se beneficia.
Inovação Aberta Negócios Parcerias Telecom Infraestrutura Compartilhamento Operação Neutra
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2 comentários:
Boa noite Grizendi, só para reforçar o que eu disse na sala de aula sexta feira da turma das 10:00
Eu sabia que a receita era de peixe, mas nao lembrava qual peixe era.
Linguado!
esse deve ficar muito bom! parabens pelo blog! Sempre que posso o acompanho! otimo artigo sobre infra-estrutura óptica.
abraços.
Matheus Marques C. Paiva P8, Inatel
Obrigado, por lembrar do linguado. É uma excelente sugestão. Muito saboroso.
Abraçao
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